Classe de Catecúmenos
por Ewerton Barcelos Tokashiki
1-AULA – INTRODUÇÃO
1.1Classe de Catecúmenos
O que é?
R: É a expressão adotada pela Igreja para designar um grupo de principiantes na vida cristã, que se reúnem para estudar a Palavra de Deus.
O que significa catecúmenos?
R: Catecúmenos significa “noviço”, pois qualifica a pessoa que está principiando no conhecimento da fé cristã.
Onde encontramos o início da Classe de catecúmenos?
R: No início da historia da Igreja primitiva.
Como cresceu o cristianismo nos primeiros séculos?
R: Em Atos está registrado que no início da Igreja, as conversões eram numerosas (At. 5:4) E mesmo o período posterior produziu numerosíssimas conversões, apesar das perseguições.
Desde quando apareceram os catecúmenos e quanto tempo durava normalmente a sua pregação?
R: Os catecúmenos surgiram logo no início da Igreja Primitiva, tendo em vista a necessidade de doutrinar e preparar os novos convertidos que desejavam agregar-se á Igreja, tendo em vista a grande quantidade de gentios vindos do paganismo. Este período de preparação chegava a cerca de 2 anos.
Um candidato á profissão de fé, normalmente pode ser recebido pela Igreja sem freqüentar a classe de catecúmenos? Se não, porque?
R: Normalmente, não. Porque é fundamental e necessário que pessoa que deseja agregar-se á Igreja, seja orientada corretamente sobre a Bíblia, suas doutrinas básicas, e a vinda cristã estando apta para discernir o passo que haverá de dar.
1.2 Profissão de Fé.
O que é profissão de Fé?
R: É o ato pelo qual a pessoa declara publicamente que Jesus Cristo é seu Senhor, Salvador e Mestre.
Que compromisso está contido neste ato?
R: O candidato ao afirmar o que crê, assume um compromisso com Deus e o Seu povo, se dispondo a viver, com a ajuda do Espírito Santo, a prática do Evangelho de Cristo.
Por que devemos fazer a profissão de Fé?
R: 1ª) Porque é uma exigência de Jesus – Mt 10:32-33
2ª) Porque a fé salvadora se expressa em confissão pública – Rm 10:9-10
3ª) Porque aos discípulos foi dado a ordem de testemunhar. Mc. 16:15, At. 1:8 1º Pe 2:9.
1.2Privilégios do Crente pela profissão de Fé.
Quais são alguns dos direitos e privilégios que o crente passa a desfrutar na Igreja por meio da profissão de Fé?
R: 1º) Participação da Santa Ceia
2º) Batismo dos Filhos
3º) Ocupação dos cargos eletivos na Igreja
Que categoria o membro passa a ocupar após sua profissão de fé?
R: Membro comungante da Igreja
1.3Deveres de Membros de Igreja
Na profissão de fé, o crente não apenas confessa publicamente ter Jesus como Salvador e Senhor de sua vida, mas também compromete-se solenemente a cumprir suas responsabilidades como membro da Igreja?
Quais são os deveres dos membros da Igreja Presbiteriana do Brasil?
R:
1º) Viver de acordo coma doutrina e prática das Escritura Sagrada
2º) Honrar e propagar o evangelho pela vida e pela palavra
3º) Sustentar a Igreja e as suas instituições, moral e financeira. A norma principal de contribuição é o dízimo. Cada crente deve orar a Deus e procurar ser honeso a respeito das contribuições.
4º) Obedecer ás autoridades da Igreja (seus concílios, pastores, presbíteros e diáconos), enquanto estes permanecerem fiéis ás Sagradas Escrituras.
5º) Participar dos trabalhos e reuniões da sua Igreja, inclusive assembléias. Devemos lembrar que a Igreja foi instituída por Jesus Cristo, afim de que ajudemso espiritualmente uns aos outros, na comunhão do Espírito Santo. Hb 10:25
1.4Admissão á Igreja Local
Antes de fazer sua admissão de fé, o candidato será examinado pelo Conselho da Igreja?
Quais as ares principais avaliadas pelo Conselho na vida do candidato á profissão de fé?
R: 1º) Sua fé em Cristo
2º) Seu conhecimento da Bíblia
3º) Sua experiência religiosa
1.5Relação entre Profissão de Fé e Batismo
O que é Batismo?
R: O batismo é um sacramento instituído por Cristo. È um símbolo da regeneração que serve como sinal do crente na comunidade daqueles que crêem em Cristo.
O batismo é o sacramento que marca a entrada da pessoa na Igreja. Aqueles que foram batizados na infância devem confirmar o batismo mais tarde, fazendo profissã de fé, como isto declarando que tem a mesma fé que seus pais tiveram quando trouxeram para o batismo.
1.6Relação entre Profissão de Fé e Salvação
Ninguém é salvo por fazer a profissão de fé e batizar-se. Somos salvos unicamente pela graça de Deus, mediante a fé Ef 2:8
Ao ladrão arrependido na cruz, crucificado ao seu lado, Jesus disse, (embora não tivesse sido batizado) “hoje mesmo estarás comigo no paraíso” Lc. 23:43.
Ninguém faz profissão de fé para salvar-se. Profissão de fé é para quem já está salvo.
1.7Conclusão.
A característica que deve predominar na vida do crente é a fidelidade.
Fidelidade às Escrituras.
Porque elas são a vontade de Deus revelada, ninguém poderá ser fiel ao Senhor sem submenter-se à Sua vontade. Jô 17:17; Js 1:8; Sl 1:2-3; 2ª Tm 2:15;3:16
Fidelidade a Igreja local e nacional
Porque ela é o instrumento pela qual Deus revela a Sua bondade ao mundo. Cooperar com a Igreja e ser-lhe fiel e servir a Deus. Ef 3:8-10; 1ª Pe 2:9, Hb 10:25.
Fidelidade ao Pastor – (guia espiritual)
Porque ele é um servo de Deus e o seu amigo. Ele zela por sua alma, sempre procurando o seu bem espiritual. 1ª Ts 5:12-13; Hb 13:7,17.
2. AULA- CERTEZA DA SALVAÇÃO
Quando você se arrependeu dos pecados e, pela fé recebeu Jesus Cristo com Salvador e Senhor, houve alegria nos céus. Seus pecados foram apagados. Deus o recebeu como filho, passando a viver no seu coração. Você agora tem um novo Senhor e para obedece-lo, deve conhecer e praticar a Sua Palavra. Comece verificando o seguinte:
2.1 As promessas de Deus.
2.1.1 A vida eterna 1ª Jô 5:11-13
E o que é a vida eterna?
R: A vida eterna é vida sem fim, vida que continua pelos séculos dos séculos. Mas vida eterna é mais que tempos incontáveis. É vida de plenitude do sentido da palavra. Diz a Bíblia que a vida eterna é Jesus Cristo- 1 Jo 5:20. Vida eterna também significa uma verdadeira comunhão com ele, pela realizada pessoal e felicidade eterna. Isso é o que é espera todos aqueles que atendem á mensagem do Evangelho. Cf. Jô:3:16,36;5:24.
2.1.2O perdão dos pecados- 1ª Jô 1:9; Pe 2:24.
Outra importante verdade é o perdão de pecados que temos em Cristo. É verdadeiramente maravilhoso pensar que Deus nos ama tanto, que nos oferece o perdão. Cf. Mt26:28; Cl 2:13.
2.1.3Adoração na família de Deus. – Jô 1:12, Gl 3:26
A salvação marca para nós o início de um relacionamento com Deus, de filho para Pai. Num sentido muito real, nós nos tornamos co-herdeiros com Cristo das promessas de Deus. Em Cristo passamos fazer parte da família de Deus. Isto não é apenas um priviléigio como também um meio de termos certeza da salvação. Rm 8:14 e 17.
2.2As exigências de Deus.
Para apropriar-se das promessas de Deus você precisa satisfazer-se de Suas exigências:
2.2.1 Arrependimento de pecados – At. 20:21
No momento da conversão há um elemento “negativo”, constituído de tristeza que o pecador sente pelo seu estado de miséria e da resolução de abandonar o pecado. É a isto que Escritura se refere a ARREPENDIMENTO. Cf. At 20:21
2.2.2Fé em Jesus Cristo – Jô 1:12 At 2:37, 38; 16,27,31.
O verdadeiro arrependimento não consiste senão pela fé. E até mesmo esta fé salvadora não vem do próprio homem, é um dom de Deus ( Ef. 2:6 e 9). É Cristo quem nos salva, mediante a fé. Não existe outro Salvador e nem outro meio de qualquer pessoa vir a ser salva. At 4:12; 1ª Tm 2:15
2.2.3Obediência – (Permanência em Cristo) – Jô 15:10
Á todos que o receberam como único Senhor e Salvador, recebendo o dom da vida eterna e tornando-se seus discípulos, Cristo exorta-os a uma vida de obediência. Cristo em nós, implica compromisso á obediência.
2.3Os Resultados.
Quando cremos nas promessas de Deus e satisfazemos as suas exigências, acontece o seguinte:
2.3.1 Teremos certeza da Salvação – 1ª Jô 5:12
Crendo em Cristo podemos ter certeza da salvação.
Porque:
1º) Deus cumpre a Sua promessa – Tt 1:2
2º) O Espírito testifica com o nosso espírito – Rm 8:16
3º) Haverá uma transformação progressiva das nossas atitudes, ações, reações, hábitos, palavras e pensamentos, etc. 2ª Co 13:5
2.3.2Teremos novos interesses
1º) Em obedecer aos mandamentos de Cristo – 1º Jô 2:3-4
2º) Pela Palavra de Deus – 1º Pe 2:2
3º) Em manter comunhão uns com os outros – At 2:46
4º) Em comunicar-se com Deus – Sl 42:1
5º) Em testemunhar de Cristo. At 4:20
2.3.3Teremos uma Vida Nova.
2ª Co 5:17 nos ensina que o crente se torna uma nova criatura, a qual levará uma vida transformada, evidenciada por inexplicáveis mudanças em sua vida, tanto nos seus atos com em seus pensamentos, valores, et.
2.4Conclusão.
Basicamente, o crente poderá ter certeza de sua salvação por sua causa da Perfeita obra expiatória de Cristo na cruz do Calvário, que morreu não para lhe possibilitar uma salvação hipotética, mas para reconciliar-nos como o Pai – Rm 5: 6-10.
Ele mesmo o garante: “ Em verdade, em verdade vos digo: Quem crê, tem a vida eterna” Jô 6:47
Decorar At. 4:12; 1ª Tm 2:5, 2ª Co 5:17
Ler Mt 1-7
3- AULA –AS ESCRITURAS SAGRADAS
3.1 O que é a Bíblia?
R: É uma coleção de livros que o próprio Deus mandou escrever, usando homens por Ele mesmo escolhidos . 2ª Pe 1:20-21.
3.1.1 A necessidade da Bíblia.
A próprio criação deveria levar-nos a reconhecer a existência de Seu criador. O apóstolo Paulo nos adverte que, segundo a revelação da natureza, seremos condenados se não prestarmos obediência sincera a Deus – Rm 1:20
A revelação de Deus através da natureza chamar-se Revelação Geral.
No entanto esta revelação é Incompleta e Insuficiente, no sentido que não nos ensina acerca da vontade de Deus para nossas vidas.
Por isso tornou-se necessário uma Revolução Especial de Deus a fim de que Ele pudesse comunicar sua vontade ao amor e reivindicar sua obediência. E esta revelação especial de Deus a fim de que Ele pudesse comunicar sua vontade ao amor reivindicar sua obediência. E esta revelação especial de Deus encontra-se nas Escrituras Sagradas- a revelação verbal de Deus.
Em Jesus Cristo encontramos a revelação plena de Deus e se Sua vontade para o homem, contudo, é nas Escrituras que encontramos o testemunho acerca de Cristo. Hb 1:1-3; Cl 2:9 e Jô 3:34-35
3.1.2 Os Livros da Bíblia.
A Bíblia, na verdade, contém 66 livros, sendo 39 no Antigo Testamento e 27 no Novo Testamento.
O Antigo Testamento apresenta o período histórico antes do nascimento de Jesus e seu ministério e o Novo Testamento, o período posterior.
O Antigo Testamento aponta para o Messias que virá, e registra a preparação providencial de Deus para o envio de seu Filho; e o Novo Testamento anuncia que o Messias já veio, registrando historicamente a sua vida nos Evangelhos, e anunciando que Ele voltará, com poder e grande glória na consumação dos séculos.
Todos os livros das Escrituras forma divinamente inspirados, constituindo, portanto, de uma regra infalível de fé e prática para o cristão e para a Igreja. 2ª Tm 3:16; 1ª Pe 1:10-12; 2ª Pe 1:20-21.
3.1.3- A Autoridade da Bíblia.
Como sabemos que a Bíblia é a própria Palavra de Deus?
R: Pela fé, pela prática, e pela atuação do Espírito Santo! Hb 4:12;11:1-3,6; 2ª Tm 3: 14-17
A autoridade da Bíblia provém dela mesma, pelo fato de ter sido inspirada por Deus, e isto se confirma pela sua situação em nossos corações e pelo testemunho interior do Espírito Santo.
3.1.4 O Conteúdo da Bíblia
Qual o Ensino principal das Escrituras?
R: “ As Escrituras ensinam principalmente o que o homem deve crer acerca de Deus e o dever de Deus requer do homem”.
3.2 Três importantes palavras.
1ª REVELAÇÃO – Por esta palavra entendemos que Deus se fez conhecer, revelando-se de muitas diversas maneiras no passado, e depois, de um forma plena na pessoa de Jesus Cristo – Hb. 1:1-3; Jô 1:18
2ª INSPIRAÇÃO - Por esta palavra entendemos que aprouve a Deus registrar a Sua revelação, e isto Ele fez escolhendo alguns homens em particular, e INSPIRANDO-OS através do Espírito Santo, para escrever a sua revelação. Num sentido restrito, apenas os escritores sagrados foram “ Inspirados”> - 1ª Pe 1:10-12; 2ª Pe 1:20-21.
3ª ILUMINAÇÃO- Por esta palavra entendemos que agora todos nós necessitamos da iluminação do Espírito Santo, para entendermos Sua Palavra. Quando estudamos a Bíblia devemos pedir sempre que Seu Espírito nos ilumine, para que possamos compreender suas verdades espirituais.
3.3 – Os livros apócrifos.
Em 1546, no Concílio de Trento, mais 7 livros foram acrescentados aos 66 já existentes. Pelo fato de seu conteúdo não concordarem com os demais ensinamentos dos outros, e pelo fato de não constarem do original, não foram aceitos com canônicos, são chamados livros “ Apócrifos” ou “ não inspirados” – veja. Ap 22:18-19.1.
4. AULA- DEUS, SEU SER, ATRIBUTOS E TRINDADE.
A Bíblia não se ocupa em nenhum lugar de provar a existência de Deus. Ela já parte da própria realidade de sua existência. A Bíblia também não procura definir a Deus, pois definir a Deus seria uma tarefa impossível para o homem! No entanto, pelas Escrituras, podemos obter um conhecimento acerca de Deus, conforme Ele mesmo se fez conhecer. Embora este conhecimento não seja perfeito ou completo. Contudo ele é real e verdadeiro.O nosso Breve Catecismo, em sal pergunta 4, “ Quem é Deus?”, responde: “ Deus é Espírito, infinito, eterno e imutável em Seu ser, sabedoria, poder, santidade, justiça, bondade e verdade”.
É uma declaração admiravelmente sucinta e perfeita dos atributos mais notáveis de Deus.
4.1.1- Deus é Espírito
João 4:24 – Foi o Senhor Jesus Cristo quem afirmou, e não com fim de dar uma definição teórica mas com o intuito prático de mostrar como é que devemos adora-Lo. A idéia mais a nosso alcance a respeito da Espiritualidade de Deus é no dizer da Confissão de Fé, que ele é “invisível, sem corpo, membros e paixões.”
4.1.2 – Deus é infinito
Isto é “ilimitado, não sujeito a restrições do espaço ou de qualquer espécie” 1ª Rs. 8:27
4.1.3- Deus é eterno.
“Sem começo, nem fim, sem sujeição a nenhuma das restrições do tempo” 1ª Tm1:17; Sl 90:2
4.1.4– Deus é imutável.
“ Não sujeito as inscontâncias e incertezas que a nós pertencem” Mt 3:6
E tudo isto Ele é em todas as Suas manifestações, de que o Catecismo menciona sete, a saber.
a)Em Seu Ser – Ex 3:14
b)Em Sua sabedoria – Rm 11:33
c)Em Seu poder-Ap 1:8; Gn17: 1; 28:3; Ex 6:3
d)Em Sua justiça – Sl 84:14; Ap 15:3; Ex. 34:6-7
e)Em Sua bondade – Mt 19:17; Sl 145:9.
Sua misericórdia para os miseráveis.
Longanimidade quanto retarda o castigo dos culpados.
2ª Pe 3: 8; 9: 15
Graça quando concedida a pecadores indignos Ef. 2:8
Compaixão quando contempla o necessitado, o triste, o que padece.
4.2A Unidade de Deus.
Há mais de um Deus?
R: Há um só Deus, vivo e verdadeiro – Dt. 6:14; 1ª Co 8:4; Jr 10:10; Jô 17:3
4.3. Trindade.
“ Há três pessoas na Divindade, o Pai, o Filho e o Espírito, e estas três pessoas são um Deus, da mesma substância, iguais em poder e glória.” Bc, Pg. 06.
“Na Divindade única coexistem três Pessoas substanciais, co-iguais e co-eternas. Este mistério não se pode explicar nem definir, porque está além do alcance do finito, nem a Bíblia faz tentativa de o explicar.”
4.3.1 Provas Bíblicas da Trindade
VELHO TESTAMENTO
1ª Deus fala de Si no plural – (iyhole) Gn 1:26; 11:7
2ª Quando o Anjo do Senhor é apresentado diante da pessoa divina- Gn 16:7-13; 18:1-21; 19:1-22.
3ª Onde se fala do Espírito Snto como uma pessoa distinta – Is. 48:16; 63:10; 61.1:
NOVO TESTAMENTO-
1ª No batismo de Jesus – Lc 3:21-22
2ª Nos discursos de despedida de Jesus – Jô 14:16,26
3ª Na grande Comissão- Mt. 28:19
4ª Na Benção Apostólica – 2ª Co 13:13
5ª Outros – Lc. 1:35; 1ª Co 12:4-6; 1ª Pe 1:2
4.3.2. Verdades importantes acerca da Trindade.
a)Existe um só Deus
b)Existe uma única essência divina, indivisível
c)Os atributos divinos são comuns ás três Pessoas
d)Existe uma ordem de subsistência e operação.
1-Deus Pai é o Criador – Gn 1:1
2-Deus Filho é o Salvador – Lc 2:11
3-Deus Espírito Santo é o regenerador e santificador – Tt 3:5; 1ª Pe 1:2
5- AULA – O DEUS CRIADOR
O primeiro capítulo da Bíblia apresenta Deus como o criador dos Céus e da Terra. O Deus Todo-Poderoso. A expressão céus e a terra significa toda realidade existente. Paulo reconhece isto em Colossences 1:16. Como sabemos pela Bíblia, Cristo foi o intermediário da criação cooperando com o Pai e o Espírito Santo em todas a sua magnífica obra. Em Jô 1:3 diz: “ todas as coisas foram feitas por intermédio dEle.
É o lógico que a doutrina da criação é baseada na fé e não nas conclusões da razão humana ou em provas científicas.. Não é uma doutrina contra a razão, nem contra a ciência, mas a verdade é que sabemos que o universo foi criado por Deus pela fé ( Hb 11:3). Então envolve a fé. E a fé evangélica afirma pelo menos 4 verdades sobre o Deus criador:
5.1 Deus criou o universo do nada.
Então existência de todas as coisas apareceu de não existência. Essa é uma afirmação exclusiva daqueles que crêem em Deus. Nós não a encontramos em nenhuma filosofia, mas a encontramos na palavra de Deus. Muitas teorias tem surgido para explicar a origem do universo. Para alguns ele é eterno, para outros surgiu com uma emanação de um poder inicial, para outros surgiu de uma grande explosão (BIG BANG). Mas, para nós que cremos na Bíblia, DEUS CRIOU O UNIVERSO DO NADA. Deus chamou á existência aquilo que não existia. Cf. Rm 4:17
5.2 Deus criou o universo em seis dias
Essa também afirmação da Bíblia, e , é uma declaração que pode ter 3 interpretações:
5.2.1 Interpretação literal:
Os adeptos desta corrente seguem a idéia de que os 6 dias referidos em Gn 1,são dias literais de 24 horas, como os nossos. O universo foi criado neste espaço de tempo.
5.2.2 Interpretação científica:
Afirma que os 6 dias da criação, não são 24 horas, mas longos períodos de séculos e até milênios. Para essas pessoas, o universo passou por um longo processo, sendo trabalhado por Deus, até chegar o que é.
5.2.3 Interpretação poética ou espiritual:
Crê que quando a Bíblia afirma que Deus criou o universo em 6 dias ela está apenas usando uma linguagem poética. A criação é o grande poema de Deus. Aliás a palavra “Criação” no original é: Poema. Segundo este ponto de vista, não se discute se os dias em 24 horas ou milenares, mas crêem que o universo é a criação de Deus, e tudo que vive depende dEle.
5.3 Deus criou o universo para a Sua Própria Glória.
Nessa afirmação nós temos a finalidade do universo. Para que, Deus criou todas as coisas? Para felicidade do ser humano, diz alguns. Deus realmente se preocupa com a felicidade do ser humano, diz alguns. Deus realmente se preocupa com a feliciade do ser humano, mas não é essa a principal finalidade da criação do universo. Todas as coisas criadas, foram feitas primeiro para a glória de Deus. O homem somente encontra felicidade, se ele se colocar dentro deste objetivo: a glória de Deus. (cf. Is 43:7; Sl 19:1; 1ª Co 10:31; Rm 11:36)
5.4 Deus Criou o universo e fez tudo muito bom.
Em Gn 1:31 diz: “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom.” O que significa essa afirmação da Palavra de Deus?
1º Que o universo estava de acordo com o plano de Deus. Estava atingindo o seu propósito que era contribuir para sua glória.
2º A criação, em si mesma é boa. Deus não criador mal, mas de tudo que é bom (Tg 1:17)
3º O universo foi criado para a finalidade gloriosa: “O deleite do Criador”.
5.5 Deus criou também o Mundo Espiritual.
Além da criação do mundo visível e material, a Bíblia mostra que Deus criou seres espirituais chamados: Anjos. Não sabemos quando foram criados, mas que sabemos que foram criados para serem submissos ao Criador, e tiveram grande participação no relacionamento de Deus com o homem.
5.6Deus e a nova Criação
Com a entrada do pecado e do mal no mundo, a criação se degenerou perdendo de vista seu objetivo. Deus então resolveu fazer uma nova criação, que pudesse realmente viver para a sua glória. Desta nova criação faze parte o Seu Povo, sua Igreja, os eleitos, cidadãos do reino dos céus, etc. Ou seja, é um povo gerado em Cristo Jesus para o louvor da Sua glória. Cf. 2ª Co 5:17; Ef 2:8-10; 1:3-6.
5.7 A Doutrina da Criação dos Catecismos.
Pergunta 1 – Qual o fim supremo da criação do homem?
R: O fim supremo da criação do homem é glorificar a Deus e goza-lo para sempre. Rm 11:36; 1ª Co 10:31; Sl 73:24-26; Jô 17:22-24.
Pergunta 15 – Qual a obra da Criação?
R: A obra da criação é aquela pela qual, no princípio e pela palavra de Seu poder, Deus fez do nada o mundo e tudo quanto nele há, para no espaço de seis dias, e tudo muito bom. Hb. 11:3; Ap 4:11; Rm 11:36.
Pergunta 16 – Como Deus criou os anjos?
R: Deus criou todos os anjos, como espíritos imortais, santos, excelentes em conhecimento, grandes em poder, para executar os seus mandamentos e louvarem o seu nome, todavia sujeitos á mudança. Sl. 104:4; 103:20-21; Cl 1:16; Lc 20:36; Gn 1:31; Mt 24:36; 2ª Ts 1:7; 2ª Pe. 2:4.
6- AULA – O SER HUMANO
O ser humano é chamado de “ a coroa da criação de Deus”, por ser ele a principal criatura de Deus. A Bíblia destaca o fato de homem ser criado recebendo uma atenção especial – Gn 2:7 e 1:26.
6.1 O Homem foi Criado á Imagem de Deus.
O que significa esta afirmação? Significa principalmente que o homem é diferente das demais criaturas, ele é personalidade, é um ser que tem capacidade para comunicação pessoal, é um ser de diálogo e comunhão. Então Deus criou o homem com capacidade de entrar em comunhão tanto com Ele como com o próximo. O aspecto mais profundo e significativo da relação do homem com seu próximo é chamado “amor”. Por isso Jesus Cristo é que é a perfeição da imagem de Deus. Pelo fato de sermos a imagem de Deus, a principal razão de ser da nossa existência é um viver nessa dupla comunhão: amando a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. O fato de homem ser imagem de Deus lhe dá também o privilégio de domínio sobre a natureza, como cooperador de Deus. Então o homem foi criado conforme a imagem de Deus, por isso a diferença entre a criação dos animais e a do homem. Vejam quantas vezes aparece a expressão “segundo a sua espécie” em Gn 1:24 e 25; agora vejam a diferença no versículo 26, contrastando com Mateus 12:12. Deus então tencionava ter a sua imagem, a sua semelhança no mundo que fizera, ficando responsável por isso, o homem. O homem deveria refletir a natureza de Deus, e como resultado a criação atingiria o seu objetivo original.
A este homem , Deus deu o direito de dominar os animais Gn 1:26. O homem era como um representante de Deus no governo da terra. O homem foi criação por Deus para dominar sob a sua orientação. Hoje as relações estão num verdadeiro caos, porque o homem procura exercer domínio, mas distante da direção e orientação de Deus.
6.2 A imagem destruída ou deformada.
Tudo estava em perfeita ordem até o dia em que o homem deu ouvidos ao tentador, e por isso, tornou-se uma imagem deformada. E nisso está a explicação das condições do mundo,
Em Gn. 3, temos a triste história da queda do homem (Gn. 3:1 – “É certo que não morrereis”). Quanta mentira Satanás tem espalhado hoje para enganar o homem! Deus tinha dado ao homem!
Deus tinha dado ao homem todas as coisas inclusive um teste de obediência e dependência, mas o homem fracassou. Satanás o desafiou tentando-o a fazer aquilo que o próprio diabo fizera, fugindo da dependência de Deus. A pior situação para o homem é querer deixar de depender de Deus, pois é quando ele se torna um escravo do diabo e do pecado. O homem teve que escolher entre obedecer a Deus ou crer em Satanás. E o homem escolheu o pior lado. E a história da humanidade em todos os tempos é conseqüência dessa escolha (guerras, fome, terremotos, roubos, etc).Vejam o que surgiu imediatamente como conseqüência dessa escolha (Gn 3:10 a 13) MEDO, uma das conseqüências terríveis do pecado. FUGA, uma covardia muito comum no mundo RELAÇÕES HUMANAS CORTADAS, outra calamidade no mundo (Adão culpa tanto a mulher como a Deus – Gn 3:12. Quantas vezes o homem tem culpado Deus por causa da miséria do mundo. Esta é a atitude que o diabo colocou no coração humano). Então agora o homem tornou-se imagem deformada, porque como Deus disse, ele haveria de morrer. Não só fisicamente, mas também espiritualmente, se não se submeter a Cristo.
Em Gn. 5:3, vemos que Adão agora gera filhos segundo sua imagem, uma repetição da imagem deformada. Mas como o nosso Deus é um meio de amor. Ele providenciou um meio para restaurar a Sua imagem no homem.
6.3 Imagem Restaurada.
Em 1 Co. 15:45 e 47, Paulo fala de Adão como o primeiro homem e de Cristo como o segundo. Em Colossenses 1:5 – “ Ele é imagem do Deus invisível”. Imagem aqui significa semelhança exata (2 Co 4:4). Jesus Cristo foi então o segundo homem feito á imagem de Deus, para exercer domínio. Portanto, Deus estava em Cristo restabelecendo o seu plano, seu propósito em um mundo decaído. Pela primeira vez desde Adão, Deus pode encontrar perfeito prazer em um homem (Mc. 1:11). Deus estava em ação para restaurar a imagem destruída no homem decaído. Deus, em Cristo pode pegar o homem no seu pior estado de degradação e restaurar nele a imagem de Deus. Deus agora oferece uma segunda escolha. Note que Adão foi o primeiro homem a se converter, mas uma conversão da vida para a morte. Deus está agora oferecendo em Jesus Cristo a “reconversão” da morte para a vida (1 João 5:12). Portanto, o plano de Deus na redenção em Cristo não é apenas nos perdoar os pecados, mas também nos refazer conforme a imagem de Seu filho ( Rm 8:29).
7-AULA – O PECADO
Saber o que é o pecado, bem como sua origem, natureza e conseqüências, é condição fundamental para se conhecer o homem o estado chamado natural (em contraste com estado original). Porque, desde a queda, o homem se tornou, por natureza, pecador. E para se ter idéia precisa sobre o que é a criatura humana pecadora, importa que procuremos antes saber o que é pecado. O conceito exato sobre o pecado baseia-se em um fato que vem á luz logo depois da criação do homem. Como vimos, o homem foi criado perfeito, inocente e capaz de viver em permanente comunhão com Deus. Em virtude, porém do pecado, ele caiu do estado em que fora criado e tornou-se pecador.
7.1 O que é pecado?
A mais satisfatória e conhecida resposta a esta pergunta se encontra no breve Catecismo (pergunta 14), nos seguintes termos: “ Pecado é qualquer falta de conformidade com a lei de Deus ou qualquer transgressão dessa lei”. Esta definição deixa claro que pecado não é apenas ato, mas também intenção ou estado. Ela se torna ainda mais clara quando nos lembramos da finalidade da criação do homem, que também se acha colocada na seguinte pergunta e resposta do Catecismo Maior.
R: “O fim supremo e principal do homem é glorificar a Deus, e goza-lo para sempre”.
Temos, portanto nesta reposta, o fim supremo do homem, apresentado de maneira clara e objetiva. Ora, todos nós sabemos que esse “Fim supremo e principal do homem” não se manifesta nem se manifestou jamais em criatura alguma, desde a Queda. O homem pecou e, ao invés de glorificar ao Criador e desfrutar da comunhão com Ele, ouviu antes a voz do tentador, e buscou satisfazer seu egoísmo pessoal.
Por isso, pecado significa também errar o alvo. A vida do homem deixou de alcançar o alvo para o qual foi criada. Criado para a glória de Deus, o homem quis fazer-se igual a Deus. Pecar é errar; errar o alvo; desviar-se da rota; abandonar o caminho de Deus e enveredar pelos caminhos da injustiça.
7.2 A Universalidade do Pecado.
A Bíblia afirma que o pecado afetou toda a raça, e por isto o ser humano comete atos e nutre disposições contrárias á lei de Deus. São numerosos os textos que afirmam a universalidade do pecado. Eis alguns exemplos: Rm 3:9-18, 23; 5:8,12,18; 6:23; 1º Jô 1:5-10.
Todo gênero humano estava representado em Adão – Adão era a humanidade – de modo que, se ele tivesse obedecido a Deus, sendo confirmado em santidade; esta seria imputada ou creditada a toda sua descendência; mas, pecando como de fato pecou, seu pecado se tornou o pecado de todos nós – todos pecaram nele.
7.3 As conseqüências do pecado.
Na ordem dada por Deus a Adão, no Éden está claramente indicada a natureza da trágica conseqüência do pecado:”...mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gn 2:17).
A palavra morte ocorre, na Bíblia com três sentidos diferentes, embora um fator comum a todos: O conceito da separação.
Assim é que a Bíblia nos fala de Morte Física, separação entre corpo e alma: “O pó volte a terra, como era, e o espírito a Deus que o deu” (Ec 12:7).
7.3.1 Morte Espiritual
Separação entre a criatura e o criador: “ O Senhor Deus, por isso os lançou fora do jardim do Éden... e, expulso o homem, colocou querubins ao Oriente do jardim do Éden...” (Gn 3:23-24). É à morte espiritual que o texto citado se refere, pois que o homem naquele dia não morreu fisicamente. Compare com Rm 6:23;5:12; 1ª Co 15:22a.
7.3.2 Morte Eterna
Separação eterna entre a criatura e o Criador – “E irão estes para o castigo eterno, porém os justos para a vida eterna” (Mt 25:46, 2ª Ts 1:9).
Ensina a Bíblia que o pecado reduziu o homem ao estado de escravidão espiritual: “Quem comete pecado é escravo do pecado, ficou sob o domínio da morte física, da morte espiritual e da morte eterna. Sobre todos caiu, igualmente a condenação de Deus. A condenação irremissível seria o seu destino, se não fosse o amor de Deus pelo qual ofereceu á criatura o plano da salvação.
“ Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco, pelo fato de ter Cristo morrido por nós , sendo nós ainda pecadores.” Rm 5:8.
8. AULA - JESUS CRISTO
8.1 Divindade , Humanidade e Nomes de Cristo
Sabemos que Deus providenciou a salvação para o homem através da vinda de Seu Filho ao mundo, o qual deu a Sua vida em resgate de todo aquele que nele crê.Vejamos alguns aspectos da pessoa de Cristo:
8.1.1 SUA DIVINDADE
Os apóstolos reconheciam na pessoa de Cristo, a pessoa do próprio Deus.A expressão do Credo Apostólico “Seu único Filho, nosso Senhor” significa não somente que Ele participa da divindade,mas que Ele é o próprio Deus.
a)Testemunho do Antigo Testamento – No antigo Testemunho nós temos centenas de testemunhos a respeito da divindade de Cristo.Vejamos alguns :Is 9:6; Mq 5:2 e 9 ;JR 23:5-6.Todas as profecias do AT apresentam Cristo como Deus.
b)Testemunho do Novo Testamento – a apresentação de Cristo como Deus é ainda mais clara.Por exemplo: MT1:23, citando o profeta Isaías.Jo1: 1,Cristo como o Verbo eterno de Deus.Jô 10:30.
8.1.2 Sua Humanidade
A Bíblia mostra que Jesus não foi só divino mas também humano.Os apóstolos afirmavam: “Foi concebido por obra do espírito Santo, nasceu da Virgem Maria”. Foi concebido e nasceu.Soberanamente um ser humano ser concebido e nascer.
Sua vinda ao mundo foi uma iniciativa da vontade de Deus, por isso foi concebido por obra do Espírito Santo e nasceu no templo de Deus. (Gl 4:4). Facilmente descobrimos uma infinidade de passagens bíblicas comprovando a humanidade de Cristo. Por exemplo: “Ele se encarnou” Jô 1:14; “Ele possuía corpo e sangue” Mt 26:26; “Estava sujeito às leis do desenvolvimento físico e mental” Lc 2:52 e estava sujeito às tentações e sofrimentos Hb 2:10e18. Além disso Ele passou por experiências normais da pessoa humana com Fome,sede,sono,compaixão,agonia,cansaço,choro,etc.Mt 4:2; 8:24; 9:36 Lc 22:44; Jo 4:6; 11:35. Enfim ele foi uma pessoa semelhante a qualquer um de nós em todos os aspectos menos no pecado Hb 4:15. Então podemos afirmar que Cristo é verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem.
8.2. Nomes De Jesus
Os nomes são de importância fundamental, porque descrevem, às vezes a Sua pessoa, e as vezes s sua missão.Cada nome que Lhe é dado apresenta um aspecto importante do Salvador :
8.2.1 Jesus
Nome dado ao Salvador no Seu nascimento. Nome pelo qual Ele era chamado em Seu lar, pelos parentes e amigos. A palavra Jesus significa “Salvação”, como foi anunciado pelo anjo – Mt 1:21.
8.2.2 Cristo
Esse nome significa “Ungido”. A palavra ungido era usada para designar particularmente o Messias.O Messias por Sua vez é o Redentor prometido no Antigo Testamento e esperado por Israel –Jo 1:41
8.2.3 Filho do Homem
Essa expressão, quando se refere a Cristo tem o significado de majestade, domínio universal, o Todo-Poderoso. Ela descreve especialmente o reinado de Cristo na Sua segunda vinda –Dt 7:13 e Mt 24:30 e 26:64.
8.2.4 Filho de Deus
Significa a intimidade de relacionamento de Cristo com o Pai – Mt 11:27, bem como expressão de Sua própria natureza divina.
8.2.5 Senhor
Descrição do senhorio de Cristo, Sua autoridade como Deus – At 2:35 e Fp 2:11.
Através desses nomes podemos conhecer mais um pouco da pessoa de nosso Senhor e Salvador, o Deus-Homem, que veio salvar o homem perdido.além disso muitas figuras na Bíblia mostram a obra e a pessoa de Jesus: “O caminho”, “O pastor”, “O cordeiro de Deus”,etc.
8.3 A Obra redentora de Jesus Cristo
Todos nós sabemos o que Cristo fez pela nossa salvação, ou para nos salvar.Isaías relata com grande probabilidade o sofrimento e de Cristo para nos salvar. Sofrimento por causa dos nossos pecados-Is 53:4e6.Tudo isso descreve o sofrimento de Cristo, porque desde que se encarnou, ficou sujeito a todos os sofrimentos físicos, morais e espirituais.Mas o ponto mais alto desse sofrimento está na cruz, quando por nós, enfrentou a morte.
8.3.1 Porque Cristo tinha que sofrer na cruz e nela morrer?
8.3.1.1 Para pagar a penalidade do pecado
Ninguém podia fazer isso, a não ser Cristo. Rm 3:23; 6:23 traz o preço do pecado.Precisávamos de um remidor.
Hebreus 9:22 – Remir, significa “Comprar, pagar preço”. Então o pecado trouxe a condenação, o homem não podia pagar a penalidade do seu pecado. Deus então , escolheu o Seu próprio Filho para fazer isto.Assim a morte e o derramamento do sangue do Filho eram necessários para o cumprimento dessa prerrogativa: O resgate do homem – 1ª Pe 1:18-19.
8.3.1.2 Para substituir o homem
Romanos 5:8 e 18, diz “cristo morreu por nós”, Quer dizer em nosso lugar.Um réu estava condenado á morte eterna, e alguém voluntariamente se ofereceu para morrer em seu lugar poupando-lhe a vida.Isaías diz: “Fez cair sobre Ele...”Jesus colocou-se debaixo,em nosso lugar,tomou toda a nossa carga.Essa substituição tem como finalidade resgatar o homem da escravidão do pecado - Mc 10:45. Então Cristo morreu para nos substituir , e,só Ele podia fazer isso.
8.3.1.3 Para satisfazer a justiça de Deus
Deus planejou salvar o homem, mas não realizaria a obra anulando ou negando a Sua justiça . Em Rm 3:24-26 encontramos dois adjetivos para Deus: “Justo e justificador.” Isso mostra que ao perdoar o homem Deus não deixou de ser justo,porque Ele o fez baseado no sacrifício de Jesus Cristo,o qual satisfez a justiça de Deus.
Então essas três afirmações procuram responder e apresentar razões da morte de Cristo.
Quais seriam os resultados desse sacrifício?
Muitos , mas vejamos apenas três:
a)Libertação-Rm 6:22-A libertação do pecador é um dos primeiros resultados da obra redentora de Jesus Cristo.A liberdade é um dos atributos da vida cristã.Antes de aceitar a Cristo o homem não passa de um escravo do pecado, do mundo e do diabo.Mas quando aceita Cristo ele é liberto Jô 8:36
b) Perdão – 1ªJo 1:7-9-Se o sangue de Jesus Cristo nos purificar de todos os pecados, então somos perdoados em Cristo.Saber que temos á nossa disposição o perdão, é sem dúvida uma bem-aventurança (Sl 32:1). Esse perdão nos traz alegria, paz e confiança no Senhor, porque sabemos que podemos chegar a Ele,já que Ele veio a nós.
c)Reconciliação –Rm 5:10 e 2ªCo 5:19 – A obra de Cristo é então completa e satisfatória para realizar a completa salvação do homem.Por isso aqueles que recebem Cristo podem ter absoluta certeza da salvação.Sejamos gratos a Deus por isso e anunciaremos a salvação àqueles que ainda não a conhece.
8.4A Ressurreição de Cristo
Sabemos que Jesus morreu para nos dar vida.Mas também sabemos que ele não ficou sob o domínio da morte.Pelo poder de Deus foi ressuscitado.
8.4.1 Quais foram as razões que levaram Deus a ressuscitar o Seu Filho?
8.4.1.1Porque o Filho de Deus não podia ficar dominado pela morte
O eterno Filho de Deus não podia ficar derrotado pelos grilhões da morte.Ele é o próprio Criador de todas as coisas, como poderia ser vencido pela morte?É sobre isso que Pedro se refere em discurso depois da ascensão de Cristo (Atos 2:24).Nós sabemos que Jesus é a vida, ele mesmo disse: “Eu sou a ressurreição e a vida...”Como a vida poderia ser derrotada pela morte?
8.4.1.2 Para completar a obra redentora
O sacrifício de Cristo na cruz , foi completo e perfeito ,mas não dispensa a ressurreição.Vejamos Rm 5:10.Portanto, a obra redentora de Cristo estaria completamente comprometida,se Ele não tivesse ressuscitado (cf 1 Co 15:19). Isso equivale a dizer que se Cristo não tivesse ressuscitado,não poderia dar vida a ninguém (Rm 14:9).Então nós não somos salvos somente pela morte de Cristo, mas também pela Sua ressurreição,porque por ela Deus aprova o sacrifício de Cristo na cruz e nos garante a vida eterna.
8.4.2Quais seriam os efeitos da ressurreição de Jesus Cristo?
8.4.2.1Ela nos dá uma nova vida
Colossenses 3:1-4, nos fala de uma nova maneira de viver;uma nova motivação para a vida.Em Romanos 6:4 lemos que, os salvos,por causa da ressurreição de Cristo,andamos em novidade de vida 2ª Coríntios 5:17 diz que “aquele que está em Cristo é nova criatura”-isto é novidade de vida!Antes de termos Cristo como nosso Senhor e Salvador, nossa vida estava imersa na morte, por causa do pecado.Mas , depois que pela fé recebemos a Cristo,nossa vida passou a ser orientada pelo Senhor que vive (pelo menos deve ser assim).Na verdade todas as relações humanas são mudadas depois da nova vida em Cristo.
8.4.2.2Ela nos dá uma nova esperança
A esperança de Cristo trouxe com sua ressurreição fé única e preciosa.Somente o cristianismo baseado na ressurreição de Cristo, pode apresentar a certeza da vida futura.Devíamos por isso mesmo valorizar mais a ressurreição de Cristo por causa daquilo que ela representava para nós e pelos efeitos que ela traz à nossa vida presente e futura.Há no mundo uma tendência errada de valorizar demasiadamente a chamada “sexta- feira da paixão” e se esquecer de comemorar com a mesma ênfase ,ou ainda maior,o domingo da ressurreição .Outros tem o crucifixo como símbolo de sua fé.Mas o crucifixo apresenta um Cristo morto, e nossa fé não está baseada num Cristo morto,mas num Cristo vivo!!!
8.4.3Uma questão ligada com a ressurreição de Cristo é a guarda do domingo
Por que guardamos o domingo, e não o sábado como alguns?
Essa pergunta tem razão de ser, porque alguns grupos religiosos guardam o sábado , alegando ser isso bíblico ,acusam-se porque guardamos o domingo.
Por que guardamos o domingo?
a)Em comemoração à ressurreição de Cristo:
a -Jesus ressuscitou no primeiro dia da semana, que é o domingo (Jo 20:1)
b - Jesus apareceu aos seus discípulos no primeiro dia da semana (Jo20:19)
c -Os cristãos ,após a ressurreição de Jesus,começaram a reunir-se no primeiro dia da semanas em comemoração de Jesus,começaram a reunir-se no primeiro dia em comemoração à Sua ressurreição
(At 20:7 e Co 16:2).
O sábado judaico foi um dia escolhido para comemorar o evento da criação.Deus criou o universo em 6 dias e descansou no sétimo. O sábado então relembra esse ato do poder criador de Deus.Mas por outro lado,o domingo foi o dia escolhido por Deus para comemorar o ato de redenção do homem em Cristo,a ressurreição de Cristo foi o ponto máximo da obra redentora.sendo,portanto,a ,maior de todas as obras de Deus ,porque uma lama vale mais do que o mundo todo (Mc 8:36).portanto ,quando guardamos o domingo não estamos violando a vontade de Deus,mas cumprindo a mesma.
b)Guardar o domingo não é violar o 4º mandamento:
O que Deus pede é que o homem trabalhe 6 dias e descanse no sétimo.Alias a palavra “sábado”,mas há nações que tem,como ser o primeiro dia da semana,ou o 3º ou 4º,contanto que seja um dia dedicado a Deus.
8.5A Ascensão de Cristo
Como alguém disse, a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos foi atestado de Sua divindade. Ele havia predito a sua ressurreição, havia declarado que tinha poder para dar sua vida e para reassumir. Agora tudo se cumpriu exatamente como Ele predissera. É por isso que o Espírito Santo diz através de Paulo: “...e foi designado Filho de Deus com poder, segundo o espírito de santidade, pela ressurreição dos mortos...”(Rm 1:4).
Além disso a ressurreição é uma comprovação da suficiência de sua obra expiatória. Ele declarou que seu sangue seria derramado para a remissão dos pecados. Na cruz Ele declarou consumada a obra redentora. E agora, ao ressurgir Ele comprovava a eficácia do seu sacrifício para a remissão dos pecados de quantos ele representou no Calvário. É por isso que Romanos 4:25 diz: “O qual foi entregue por causa das nossas transgressões, ressuscitou por causa da nossa justificação.”
Agora a Sua ressurreição foi seguida por outra vitória que foi a Sua ascensão ao céu. Como aconteceu?
1.O lugar e o modo da ascensão – Lc 24:50 a 53.
Achava-se Jesus com os seus discípulos em Betânia, dando-lhes suas últimas instruções e ao terminar, ergueu as mãos para os abençoar, e se foi elevando às alturas, sendo envolvida por uma nuvem. Era perfeitamente natural que Aquele que deixara o Pai para vir ao mundo, se sacrificando em nosso lugar e a nosso favor, agora deixasse o mundo e voltasse para o Pai.
2.As conseqüências da ascensão.
Existem gloriosas conseqüências de tal ascensão, por exemplo:
a)Foi um dos passos de sua exaltação – Nosso catecismo diz que Jesus depois de sua ressurreição foi exaltado aparecendo muitas vezes aos seus apóstolos, e, após quarenta dias subiu aos céus, levando nossa natureza, e como nosso cabeça triunfante sobre os inimigos. De certa forma isso foi compensação por se haver humilhado (Fp 2:5-11).
b)Ele subiu ao céu em caráter representativo: Cristo com sua natureza humana é nosso representante no céu. Em Hebreus 9:24 diz: “Para agora comparecer por nós perante a face de Deus”. De modo que identificados com Cristo estamos nos também em Cristo, “assentados nos lugares celestiais” (Ef 2:6).
c)Ele sentou-se a destra do Pai: (Rm 8:34). Isso significa que a Cristo foi conferida a mais alta honra e a maior autoridade do universo. Significa também que a obra redentora está absolutamente completa, não havendo mais nada a lhe acrescentar.
d)No céu exerce o papel de Mediador: Como mediador nós podemos vê-lo em três pontos distintos:
1-Ele é o mediador entre Deus e os homens. (1 Tm 2:5).
Por isso Ele é chamado por Paulo de “Jesus Cristo homem”, porque Paulo tem como objetivo destacar este ofício de Cristo, como Deus-homem glorificado, depois de haver realizado a obra da nossa redenção, e aceito no céu, como prova de glorificação. Ele é o único pelo qual os homens podem chegar a Deus e é o único por meio do qual Deus pode comunicar aos homens a Sua misericórdia salvadora (At 4:12).
2-Em relação a nós, os filhos de Deus, Ele é Sumo Sacerdote – Quando a este aspecto de sua presente atuação no céu, nós temos melhor comentário na carta aos Hebreus, que nos apresenta quatro fases de sua função sacerdotal.
Em Hebreus 2:17 – Vimos Sua obra propiciatória. Está como que no início de Seu sacerdócio. Foi um único ato , com virtude permanente. Cristo morreu uma única vez para valer por toda a eternidade.
Em Hebreus 4:14-16 temos a descrição de Sua compaixão como Sumo sacerdote. Aqui Ele é apresentado como Jesus, o Filho de Deus. Jesus é Seu nome humano, por isso Hebreus diz: “Ele foi tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado;” quer dizer que Ele sofreu os mesmos ataques de Satanás e dos homens, que nós, como homens sofremos. Ele participa de nossa ansiedade. E, sendo Ele o filho de Deus, tem a Seu favor todo poder no céu, com que sustenta todas as coisas (Cl 1:3), portanto é consolador saber que Ele pode sustentar seus pobres e fracos santos.
Em Hebreus 7:25 – temos a Sua intercessão. Como é bom sabemos que de dia de noite estamos sendo lembrados por Cristo no santuário celeste. Assim como os sacerdotes apareciam diante do Senhor como os nomes de todas as tribos de Israel gravados nas pedras preciosas de seu peitoral e de suas ombreiras. Assim também carrega o nosso nome lá do céu, gravado não em pedras, mas em Seu coração que foi partido em Seu sacrifício por nós. Jesus intercede por nós para não desfalecermos em nossa fé ( Lc 22:32); para sermos guardados por Deus ( Jo 17:11); para sermos livres do mal ( Jo 17:15) e para sermos santificados ( Jo 17:17).
3-Em relação aos nossos pecados, Cristo é o nosso advogado – 1ª Jô 2:1.
Do lado humano João nos mostra que se pecarmos, o que temos a fazer é confessar arrependido, e Deus é fiel e justo para nos perdoar. Do lado divino, porém, a provisão é o Advogado. Sua obra como Advogado tem como objetivo nos restaurar, tendo como base Sua justiça e Sua propiciação.
Como sacerdote Ele ora por nós, como orou a Deus por Pedro, para não desfalecermos em nossa fé. Como advogado, sendo a própria propiciação pelos nossos pecados, intercede quando pecamos pela nossa restauração junto ao Pai.
Reconhecendo o privilégio de termos Cristo a destra de Deus , nos representando, tenhamos uma vida de santificação que honra e dignifique o nome de Cristo que representamos o mundo.
8.6A segunda vinda de Crista.
A segunda vinda de Cristo constitui-se em um dos pontos da vida e da doutrina da Igreja.
Como é descrita a segunda vinda de Cristo?
Há na Bíblia três palavras-chaves que apresentam este maravilhoso evento:
1.Apocalipse – Quer dizer “revelação” – Refere-se ao fato de que tudo aquilo que ainda está oculto e desconhecido com relação a Cristo e ao Seu Reino, será revelado na sua vinda. ( 1 Co 1:7; Pe 4:13 e Ap 1:1).
2.Epifanéia – Quer dizer “manifestação” – Refere-se a manifestação poderosa e gloriosa de Jesus Cristo, manifestando as benção da salvação e o poder do nosso Rei. Tudo isto em referência á segunda vinda de Cristo (II Ts 2:8; I Tm 6:14; II Tm 4:18 e Tt 2:13).
3.Parousia – Quer dizer “presença” – Esta é a palavra mais significante e mais usada no NT. Ela mostra a volta de Cristo com Seu povo. Vejamos alguns exemplos: Mt 24:3,27; II Co 15:23; I Jô 2:28; I Ts 2:19.
Como será a segunda vinda de Cristo?
1.Sua data é ignorada pelos homens e pelo anjos: Ninguém tem o poder para marcar datas para a volta de Cristo, é um erro que muitos tem cometido com sua matemática da segunda vinda (Mt 24:36; 25:13 e At 1:6-7).
2.A volta de Cristo será pessoal: A presença de Cristo na Sua segunda vinda não será perceptível, mas também visível. At 1:11; Hb 9:28; Ap 1:7.
3.Será repentina: A volta de Cristo será inesperada, portanto, um acontecimento que surpreenderá a muitos que estarão alertas e vigilantes (Mt 24:37; 24:43; 25:1-2).
4.Será gloriosa e triunfante: Será o acontecimento que marcará o ponto mais alto da exaltação de Cristo, que foi humilhado até a morte, e morte de cruz ( Mt 24:30; 25:31). Que possamos nos sentir desafiados a uma vida mais consagrada para aguardarmos a volta do nosso amado Senhor Jesus Cristo.
9- AULA – A IGREJA
9.1 A Origem da Palavra Igreja.
Igreja é uma palavra que vem do grego, e nesta língua significa assembléia, multidão,ajuntamento popular.Qualquer grupo que se reunisse para tratar dos mais diversos fins era,para os gregos,uma igreja (Eclésia).Os escritores sagrados, para descrever as novas idéias que surgiram na nova religião,empregavam alguns vocábulos gregos com nova significação e acrescentavam a outros alguma coisa no sentido que já possuíam. “Igreja” deixou de significar um mero aglomerado de pessoas,para designar a assembléias ou reunião de pessoas para prestar culto a Deus
9.1.1 Definição
Igreja é a comunidade daqueles que foram chamados por Deus ,tendo Cristo como Senhor, Salvador e rei, e que se expressa através da comunhão, do amor e da união.
9.1.2 Composição da Igreja
1. A Igreja é composta de pecadores feitos santos: Pecadores redimidos pelo sangue de Jesus, mas pecadores. Daí as imperfeições que existem em todas as igrejas na face da terra.Quem procura igreja sem defeitos no mundo está fadado ao fracasso, ao desapontamento. Pões enquanto a igreja for formada de pecadores redimidos,ela não pode ser plenamente pura, embora deva buscar tal pureza. Por outro lado a Igreja conta com meios para enfrentar o pecado em seus membros:A disciplina.A disciplina deve ser exercida pelos seus próprios membros e também pelos líderes (Mt 18:1-20; Gl6:1-2; 1ª Co 5:1-5 ).Devemos lutar primeiro contra o nosso próprio pecado,partindo do princípio que se em que se como membro da igreja,tenho uma vida mais santa,a igreja também a terá.
3.A igreja é composta de quantos receberam a Cristo:não importa a raça, cultura,cor,etc.Ela é composta dos que estavam separados, mas foram aproximados pelo sangue de Cristo.Na igreja de Éfeso a maioria era gentia, por isso Paulo procura lembra-los que antes eles estavam afastados de Deus, e não faziam parte do povo de Israel. Porém agora tanto judeu como gentio tem os mesmos privilégios , o mesmo acesso a Deus por meio de Cristo.Através de Cristo todos podem se aproximar de Deus não importa a nacionalidade, raça,cor, ou qualquer outra coisa.A igreja então tem uma característica universal, onde todos são realmente iguais,não importa se é rico ou pobre.
9.1.3 As marcas distintas da Igreja
Os reformadores, geralmente ,concordam em apontar três marca características ,que servem para distinguir a verdadeira da falsa igreja:
1.O verdadeiro ensino da Palavra de Deus –A pregação deve ser fiel às verdades fundamentais da Palavra de Deus e exercer influência controlada na fé e na vida do crente (Jo8:31-32; 3ª Jo9; Gl 1:8).
2.A administração correta dos Sacramentos –Os Sacramentos (batismo e Santa ceia)são inseparáveis da Palavra de Deus.Devem ser ministrados pelo ministro da Palavra se destinam aos crentes e aos seus filhos (Mt 28:29; At2:42; 16:15;31-33)
3.O exercício fiel da disciplina –Essa marca é essencial para manter a pureza da doutrina e dos sacramentos, bem como o testemunho dos membros da igreja (Mt 18:18; 1ª Co 5:13)
9.2 O Governo da Igreja Presbiteriana
Principais formas de governo:
a) Episcopal : princípio básico -Um governa todos
b)Congregacional: princípio básico -Todos governam
c)Presbiterial : princípio básico- Alguns governam todos
O governo de Igreja Presbiteriana é Presbiterial ,porque cremos ser esta a forma bíblica de governo, ou seja, o governo do povo por meio de representantes por ele escolhido.
É um governo republicano, cuja origem está no CALVINISMO. (At 11:30;14:23;15:2,4,6,22,etc.)
9.3 Características do Governo Presbiteriano
a)É o governo do povo por meio de representantes por ele escolhido.
b)Os presbíteros, tanto DOCENTES como REGENTES são da mesma ordem.
c)Os presbíteros DOCENTES são mais graduados oficias da Igreja.
9.4 Oficiais da Igreja Presbiteriana
Existem na Igreja Presbiteriana duas classes de oficiais:Presbíteros e diáconos.O oficio de apostolo era temporário e desapareceu. Evangelista designa uma função do ministro.
1.Presbítero – Vem de uma palavra grega que dignifica “mais velho” ; “ancião”; “bispo”. No N.T indicam a mesma coisa:Tt 1:5-7;At 20:17-28; 1ª Pe5:1; 2ª JO 1:1; 1ªTm 3:1-7.
Existem duas classes de Presbíteros:
Presbíteros Docentes – Pregadores ou ministros da Palavra ,comissiados para pregar o Evangelho, administrar os Sacramentos e governar.(1ªTm5:17)
Presbítero Regente –Ou presbíteros propriamente ditos, cujo oficio consiste em auxiliar no governo.
O presbítero docente e o regente tem a mesma categoria e constituem o mesmo oficio.A diferença esta no fato de que o ministro ,ainda que seja um presbítero,é chamado para ensinar e governar ,ao passar que o presbítero regente é chamado apenas para governar.
Diácono – O diácono foi inicio da Igreja Cristã(At 6:1-6) e tem a função de Distribuir as ofertas dos fiéis ,para fins piedosos.
Ter sob sua guarda os bens temporais da Igreja. ( I Tm 3:8-13; Fp 1:1)
Pastor – “ Ministro do Evangelho é o oficial consagrado pela Igreja, representada no Presbitério, para dedicar-se especialmente à pregação da Palavra de Deus, administrar os sacramentos, edificar os crentes e participar com os presbíteros regentes no governo e disciplina da Igreja”.
9.5 Concílios da Igreja Presbiteriana do Brasil
O governo da Igreja não é exercido individualmente, mas através de concílios ou tribunais:
Conselho – Se compõem do pastor e dos presbíteros da Igreja
Presbitério – O Presbitério tem a jurisdição de um certo número de igrejas e se compõem dos ministros e presbíteros eleitos pelo conselho.
Sínodo – O Sínodo tem a jurisdição de diversos Presbitérios (3 no mínimo) e se compõem dos ministros e presbíteros eleitos pelos presbitérios de sua jurisdição.
Supremo Concílio – O supremo Concílio tem a jurisdição de todas as Igrejas e se constituem dos ministros e presbíteros eleitos pelos presbitérios. É um concílio também representativo.
10- AULA – OS SACRAMENTOS
Textos básicos: Mt 18-19; I Co 11:23-29
Breve Catecismo: perg. 88 – 93; 96-97.
Catecismo Maior: “ . 168 – 164; 168-175, 176 – 177.
O que seria o sacramento? Em termos religiosos, seriam meio até a morte. Quando o crente é batizado ele está empenhando a sua fidelidade a Cristo. Quando ele participa da Ceia ele está reafirmando este juramento de fidelidade até a morte.
A palavra Sacramento não aparece na Bíblia, mas é usada desde o primeiro século para designar as ordenanças de Cristo à sua igreja. Essas ordenanças são: Batismo e Santa Ceia. O primeiro era chamado pela igreja primitiva de o sacramento da água e o seguinte, e o sacramento da comunhão.
10.1 Números e sacramentos.
Apesar de errôneo ensino da Igreja romana de dizer que são sete sacramentos ( batismo, confirmação, eucaristia, penitência, extrema-unção, ordem, matrimônio), a verdade é que Jesus instituiu apenas dois sacramentos: O Batismo e a Ceia. O que a Bíblia ensina a respeito?
1-O Velho Testamento – É muito claro que no V.T havia apenas dois sacramentos ou duas ordenanças: A circuncisão e a páscoa. A circuncisão era um sinal de Pacto estabelecido por Deus com Abraão como pai da fé ( Gn 17:9-14; Rm 4:11-13). A páscoa era o sinal do livramento do cativeiro Egípcio ( Ex 12:1-14; Dt 16:1-6). Claramente esse dois sacramentos foram sucedidos pelo batismo e pela Ceia do Senhor. Prova disto é que o batismo é chamado de circuncisão de Cristo ( Cl 2:11-12), e a ceia instituída quando Cristo celebrava a Páscoa, pois o Cordeiro pascal apontava para Jesus (Lc 22:14l-20; Jô 1:29). Portanto, esta claro que no Novo Testamento houve uma substituição: Circunsição pelo batismo e páscoa pela ceia do Senhor.
2-O Novo Testamento – O N. T. mostra que Jesus instituiu apenas dois sacramentos. Na noite em que esta para ser entregue às autoridades, Jesus instituiu a Ceia ( I Co 11:23-25). E disse que ela deveria ser celebrada em sua memória. O batismo foi instituído após a Sua ressurreição, quando Ele determinou aos discípulos: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo” Mt 28:19.
3-Igreja Primitiva – Através de um exame do livro de Atos dos Apóstolos e das cartas, percebemos que nos dias apostólicos a igreja praticava apenas dois sacramentos. Recebiam o batismo e participavam da ceia. ( At 2:41-42; 20:7; I Co 1:14-17), embora não tivessem sido batizados por Paulo está claro que foram batizados.
10.2Partes dos Sacramentos.
Nosso Catecismo Maior afirma que as partes de um Sacramento são duas: Uma, é o sinal exterior visível e sensível segundo o próprio Cristo instituiu; a outra, uma graça interior e invisível, espiritual representada pelo sinal. Os elementos são então: Material e espiritual.
1-Elemento material – No batismo é a água; na Ceia, o pão e o vinho. Esses elementos; Água, pão e vinho, representam Cristo e seus benefícios. É importante notar que o elemento material é determinar pelo Autor dos sacramentos, e não pelos homens, não cabe portanto a nós discutir porque Ele escolheu esse elementos e não outros.
2-Elemento espiritual – O batismo significa, tipifica e representa a purificação dos pecados. A água é símbolo da lavagens interior operada pelo Espírito Santo. A ceia, representa, tipifica e significa a nutrição espiritual. O pão é símbolo do Corpo de Cristo, partido por nós. O vinho é símbolo de Seu sangue, vertido por nós. Mas o sacramento é mais do que uma representação simbólica, ele é um sinal de graça. A água, pão e vinho continuam sendo água, pão e vinho; mas tendo sido separados do uso comum e consagrados ao Senhor mediante e acréscimo da Palavra e a invocação de nome de Deus, se tornam santificados por Cristo. E assim quando participarmos desses elementos, estamos também, espiritualmente participando da morte de Cristo na cruz e de Sua ressurreição gloriosa.
10.3A Eficácia dos Sacramentos.
Os sacramentos, de si mesmo não possuem graça; e nem comunicam de si mesmos graça. Mas são sinais de graça interior, da comunhão que temos com Deus. Ele são testemunhas e selos da promessa e da graça de Deus. Eles recordam-nos o dever que temos. Por isso somente o crente é beneficiado com a celebração dos sacramentos. Isso significa que se batizarmos um ímpio ou lhe dermos a Ceia, ele não receberá nenhum benefício. A água do batismo, não tem poder para lavar pecados; O pão e o vinho da Ceia não podem nutrir uma alma morta em pecados. Mas para os salvos os sacramentos são instrumentos do Espírito Santo para nos comunicar graça, que são apropriados por nós através da fé.
11- AULA – BATISMO
11.1 Definição.
“ O batismo é o sacramento no qual o lavar em água, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, significa e sela a união do crente com Cristo, a participação das bênçãos do Pacto da graça e a promessa de pertencermos ao Senhor ( Breve Catecismo perg. 94). Singelamente podemos dizer que o batismo é o rito de iniciação no seio da Igreja de Cristo.
11.2 Formas de batismo.
A Igreja de Cristo adota três formas de administração do batismo: “ Aspersão, Imersão e a a Efusão”.
Na aspersão, a água é aplicada ou aspergida sobre a cabeça do batizado; na imersão, como a palavra sugere, o batizando é mergulhado na água; e na efusão, derrama-se sobre a cabeça do batizando um vaso de água. A efusão é usada, em regra, só por algumas igreja no Oriente. A imersão é a forma usada pelas Igreja Batistas e algumas outras, bem como por certos grupos incluídos, geralmente, entre os ramos tradicionais da Reforma. A Igreja Presbiteriana, a Metodista e várias outras batizam por asperção. A Igreja Presbiteriana considera as três formas válidas.
11.3 Razões por batizarmos por aspersão.
A Igreja Presbiteriana sempre adotou a aspersão como forma preferida do batismo. Divergimos de exclusivismo dos imersionistas, apoiados entre outros, nos seguintes termos:
1-O batismo com água é apenas um símbolo – A quantidade de líquido usada na sua administração não lhe altera o valor.
2- O significado da palavra “batismo” não é decisivo par se afirmar que a imersão é a única forma válida desse sacramento. Em Mt. 15:2; Mc 7:1-5 e Lc 11:37-39, a palavra grega “BAPTIZO” é empregada para designar a lavagem de mãos, em II Rs 3:11, vê-se que essa cerimônia era realizada derramando-se água sobre as mãos.
3-O batismo com água simboliza o batismo com o Espírito Santo em forma de derramamento (Jl 2:28-29; At 2:17). No pentecostes, o Espírito Santo desceu sob a forma de línguas de fogo, isto é, em forma de aspersão. ( At 2:1-4).
4-O batismo de Saulo, na casa de Ananias, não poderia, obviamente, ter sido aplicado na forma de imersão ( At 9:18). Há outros exemplos no livro de Atos, com relação aos quais este argumento nos aparece válidos.
11.4 Razões para batizarmos crianças.
O batismo de crianças é outro ponto de divergência entre os Presbiterianos e os Imersionistas. Para nós, há vários argumentos sólidos que justificam o batismo de crianças, entre os quais mencionaremos os seguintes:
1-As crianças sempre fizeram parte integrante da família de Deus tanto no V.T quanto no N.T. Gn 17:10-11; At 2:39. Se a igreja no V.T. admitiu crianças, não podemos excluí-las, no N.T. negando-lhes o batismo.
2-Nas palavras de Paulo, em Cl 2:11-12, o batismo é a “circuncisão de Cristo”. Estes dois ritos – circunsição e batismo – têm o mesmo propósito, a saber, a iniciação na Igreja de Deus. Ora, a criança judia era circunsidade no 8º dia, depois do nascimento. Nada há que possa impedir procedimento idêntico, que é aplicação do batismo às crianças, na Igreja de Cristo.
3-No N.T. há várias referências a batismos de famílias inteiras. É mais natural concluir que nessas famílias havia crianças, que teriam recebido também o batismo At. 16:15; 16:33; 18:8.
4-Jesus disse que “das tais é o Reino dos Céus”. Que tem o mais, tem o menos. Como priva-las do batismo, se elas pertence o Reino dos céus?
O filhos dos crentes são, segundo a Palavra de Deus uma semente santa, cordeirinhos de Cristo, herdeiros das promessas feitas ao nosso pai espiritual, Abraão. Os filhos dos crentes estão incluídos no Pacto e conseqüentemente à Igreja de Deus.